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quinta-feira, maio 19, 2005 |
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bola de basket ou escala das coisas
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Ontem fui comprar uma bola de basket. Para além do gozo que me deu voltar a driblar (driblei na loja, driblei a caminho do carro, driblei no estacionamento* e finalmente, para gáudio dos vizinhos, driblei em casa), fiquei com a sensação de que aquela bola era mais pequena do que as que me enchiam as mãos nas tardes do liceu. Ou seria mais um daqueles problemas de escala que nos atingem quando fazemos coisas que já não fazemos há vários anos? A enorme casa da tia-avó que agora é um apartamento perfeitamente normal; a infindável nave central da igreja da primeira comunhão que agora se atravessa em poucos passos; o senhor gigante que visitava os pais e que agora é um velhinho simpático.
*quero-te bem, um parque de estacionamento onde se dribla com uma bola nova é um não-lugar?
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posted by clarisca at 11:39 da manhã
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1 Comments:
como geógrafa digo que é um não-lugar, como margarida digo que é um lugar onde eu queria ter estado contigo. talvez a minha próxima tese seja a de mostrar que os não-lugares são mais subjectivos do que predefinidos por geógrafos e antropólogos loucos.
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