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quinta-feira, junho 23, 2005 |
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hoje não morreu nenhum poeta...
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... pelo menos daqueles que aparecem nos telejornais.
Mas por causa dos outros (e como diz alguém que muito admiro, "de poeta a pateta só vão duas letras...) e porque hoje encontrei os meus canhanhos (graças à mudança que está para breve e à amigdalite que me consome), aqui fica mais uma coisita, encontrada num caderno com flores secas de Cuba lá dentro.
Quero ir ter convosco, mulheres de cabelos soltos Aí, ao fundo da estrada onde acaba a esperança, não há nada Só a luz das vossas fogueiras ondem dançam de todas as maneiras E com os cabelos soltos. Quero ver-vos ao perto Sentir os cheiros (prometo não perturbar) Se me virem e chamarem não quero, mas vou hesitar. Se insistirem, solto os cabelos, e vou para o meio dançar. É de noite, mulheres, não parem. Passem a noite a dançar. A lua é tão companheira quando brilha no vosso olhar como quando brilham sem ela os vossos cabelos a dançar. Pernas fortes, decididas Peito sem medo de andar numa roda sempre viva peito farto, de arfar Mãos de luta, mãos de fadas que incendeiam ao tocar. Mulheres de cabelos soltos ensinem-me a dançar.
Abril 1999
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posted by clarisca at 3:51 da tarde
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