fugindo a esta tendência psico-neurótica dos último tempos, aqui ficam dois vídeos que me têm posto a pensar, sobretudo na sua articulação.
O primeiro que mostra um dos violistas mais consagrados da actualidade (so I'm told...) - Joshua Bell - a tocar um valiosérrimo Stradivarius numa estação de metro de Washington sem ninguém lhe ligar nenhuma (excepto algumas crianças exortadas pelos seus acompanhantes a despachar-se). Ele que se enerva quando um telemóvel toca ou alguém espirra nos seus concertos. A proposta foi-lhe feita pelo Washington Post que queria tirar algumas conclusões sobre a fruição da arte e da cultura e sua dependência de contextos.
O outro mostra uma reportagem da Telecinco em que é pedido a miúdos de 3 anos para chafurdarem uma tela com tinta. Essa tela é depois exposta numa das maiores feiras de arte contemporânea da Europa - Arco - e pede-se a pessoas que a comentem, naturalmente sem saber a sua proveniência. Desde carga erótica reprimida a manifestação de fortes conflitos interiores, temos tudo. Quando perguntam a uma senhora se acha bem o valor de 30.000 euros pedido por aquela tela, ela até nem acha muito caro.Etiquetas: coisas da arte, instalações, performances
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