moulin rose
porque temos o direito de nos contradizer. todos os dias se for preciso.

Previous Posts

Archives

segunda-feira, outubro 22, 2007
...
Andava a chamá-lo, baixinho, e ele sem aparecer. Mudei de roupa subtilmente, primeiro apenas deixando umas peças em cima da cama que não uso, depois fazendo-as deslizarpelo corpo abaixo, a cabeça primeiro. Assei castanhas, com pressa, paguei um fortuna por uma quantidade miserável. Comecei a coleccionar folhas caídas. Deitei-as fora. Mudei os lençóis da cama que uso, uma e outra vez. Vesti pijama e voltei à camisa de noite. Desisti mas, pelo sim pelo não, comprei marmelos. Quando passei a geleia para os frasquinhos que tinha andado a guardar para ela, percebi que ele tinha chegado. Agora ando com medo que se vá embora outra vez. E ao mesmo tempo com pena de não ter ido mais à praia enquanto estava calor. É. Há decisões que tomamos que mudam definitivamente* o rumo dos acontecimentos. Como comprar marmelos.

* Reconhece-se a carga de potencial efemeridade contida neste advérbio de modo.
posted by clarisca at 11:00 da manhã