moulin rose
porque temos o direito de nos contradizer. todos os dias se for preciso.

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segunda-feira, março 05, 2007
na ressaca
Apesar de a festa ter acabado cedo e de não ter havido excessos de qualquer ordem (a não ser dos que se manifestam no interior, como os da generosidade das prendas e da amizade que rebentou em espuma aqui e além, e outros) , estou ressacada. Parece que um camião me atropelou a alma e ando a apanhar os bocados dispersos aqui e além. Preciso deles.
Agora, segunda-feira, o regresso ao trabalho ia ajudar a mitigar a angústia da procura. A pô-la para trás das costas, como costumo fazer com o que me incomoda, quando consigo.
Impossível.
Na primeira vez que abri o mail depois dos trinta, lá estava... pumba. A tua-prenda-de-anos-para-além-das-outras-que-cá-chegaram. Ia dizer uma fotografia. De mim, tirada pelos teus olhos. Mas não - na escala de iconicidade de Justo Villafañe, a fotografia tem um grau de analogia com a realidade muito grande, demasiado grande. Direi antes uma representação figurativa não realista. Ou seja, reconhecem-se alguns traços pertinentes, dá para ter uma ideia das formas, alguns detalhes são quase fotográficos, mas... O que sou, de facto, para mim? O que sou para os outros? As dúvidas não ajudam à ressaca. Mas a resposta a elas pode resolvê-la de vez. Portanto, não sei se te agradeça a sério ou te lance um cínico "obrigadinha". Ficam aqui as duas hipóteses, à espera do abraço mais uns dias.
posted by clarisca at 10:34 da manhã

1 Comments:

Blogger joana said...

Só preciso mesmo desse abraço apertado. Para que daqui a 30 anos o junte aos flashes de ti para mim.

4:46 da tarde 

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